sexta-feira, 10 de maio de 2013

NOTICIAS - Novos monitores iniciam atividades no Bosque dos Jequitibás



Os estudantes universitários que foram treinados para atuar como monitores do programa de estágio de educação ambiental "Ecos do Bosque", no Bosque dos Jequitibás, começam a fazer o monitoramento dos alunos das escolas agendadas para visitação nesta quarta-feira, dia 8 de maio. O treinamento durou um mês e foram capacitados 16 monitores dos cursos de biologia, engenharia ambiental, geografia e gestão ambiental.
Os monitores serão responsáveis pela transmissão de informações para os grupos de alunos, abordando diversos assuntos relacionados ao meio ambiente, cujo objetivo é oferecer coscientização ambiental e demais conhecimentos sobre flora e fauna. O trabalho dos monitores valerá como estágio obrigatório exigido pelas faculdades e tem duração de um ano.
Por meio do Ecos do Bosque, a área verde recebe visitas agendadas de escolas das redes municipal, estadual e particular, grupos de escoteiros e entidades de pessoas com necessidades especiais. Segundo a coordenadora do Bosque, Eliana Ferraz, o preparo dos monitores é fundamental para o atendimento de cada grupo visitante.
"O aluno tem que trabalhar a linguagem voltada para a idade das crianças, com o uso de estratégias, como o preparo de cartazes e apresentações, para que as informações sejam passadas da melhor maneira possível", afirma Eliana.
 
O Bosque dos Jequitibás recebe aproximadamente 60 mil pessoas durante todo o ano. Os interessados podem fazer agendamento para visitas pelo telefone (19)7806-5157.
 

Estagiário apresenta a área a crianças. Crédito: Fernanda Sunega

 
Pequenos visitantes conheceram todos os recintos. Crédito: Fernanda Sunega


E ficaram encantados com os moradores do bosque. Crédito: Fernanda Sunega
 
 
 
 
 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Dia do pau-brasil

 
 
O Brasil é o único país do mundo cujo nome veio de uma planta, o pau-brasil.
Não sabemos ao certo como esta peculiaridade pode nos ajudar a sermos diferentes do resto do globo. Mas, pelo menos, em um nível simbólico, somos a única nação do planeta que está plantada em sua própria terra! Ora, isto já é uma boa semente com a qual podemos fazer poesia. Mas o objetivo deste trabalho é menos “poetar” e mais investigar os nossos quinhentos anos de história, contados sob a ótica desta madeira que nos foi tão primordial: o pau-brasil. Mas, se somos um país, com inúmeras florestas - acredite se quiser, mesmo depois de tanta devastação! - por que escolher, então, o pau-brasil para ser o protagonista desta aventura? Simplesmente porque ele é, dentre todas as madeiras da flora brasileira, a de maior importância histórica.

A arvore Pau-brasil

O pau-brasil é uma árvore da família das leguminosas. As árvores são consideradas vegetais superiores e podem ser divididas em três partes: o conjunto das raízes - também chamado de raizame -, o tronco e a copa. As raízes são os órgãos de fixação da árvore no solo e são responsáveis também
pela alimentação da planta. O tronco é o caule, geralmente retilíneo e grosso, por onde circulam os nutrientes que fazem a árvore crescer, florescer e frutificar. Por fim, há a copa, que é uma verdadeira indústria de alimentos produzidos pelo processo chamado fotossíntese. Aquele em que, com a ajuda
da luz solar, as folhas combinam a mistura mineral absorvida pelas raízes com o gás carbônico existente no ar. 

Meu nome cientifico é Caesalpinia echinata Lam
 
Talvez você não saiba, mas ás arvores são identificadas sempre por dois nomes. Um (às vezes, vários) é aquele como nós popularmente a chamamos e o outro é como os cientistas, preocupados com a classificação rigorosa de suas espécies, a denominam e registram. Com o pau-brasil não poderia ser diferente. Seu nome científico é Caesalpinia echinata Lam ... Ora, mas isso mais parece um palavrão ou até mesmo uma ofensa para a pobre da árvore! Nada disso! Acontece que, como em todo nome científico, há neste batismo algumas regras bem simples que, uma vez conhecidas, tiram das palavras seu ar arrogante e indecifrável. Vejamos que regras são essas. Primeiramente, as palavras estão escritas em latim que, apesar de ser uma língua morta (ninguém mais fala latim hoje em dia), ainda batiza diversas descobertas da ciência.
Vamos desvendar o primeiro mistério: o primeiro nome de uma árvore sempre diz respeito a seu gênero, aqui no caso, “Caesalpinia” - que na verdade é uma homenagem a um grande médico e botânico do século XVI - Andrea Cesalpino. Próximo enigma: o segundo nome de uma árvore se refere à sua espécie. A palavra “echinata” é a forma latina do adjetivo “equinado”, que nada mais quer dizer do que “vegetal cheio de espinhos”. Um bom exemplo de um sujeito prá lá de equinado é o ouriço-do-mar, não é verdade? E, por fim, a terceira palavra que dá nome a uma árvore é a abreviação do nome da pessoa que a registrou. “Lam.” é a abreviação de Lamarck, o botânico que, em 1789, descreveu o pau-brasil, conforme as normas da nomenclatura botânica.
Viu como foi fácil desvendar o significado do nome científico! Agora, vamos aos nomes populares com os quais os indígenas, os europeus e, nós brasileiros, chamávamos e ainda chamamos, nossa amiga Caesalpinia: ibirapitanga, ibirapiranga, ibirapita, muirapiranga, orabutã, brasileto, paurosado
e pau-de-pernambuco. Ufa! Até que foi bom ter prevalecido a forma “pau-brasil” para batizar nosso país, pois você já pensou se a outrora Terra de Santa Cruz adotasse, por exemplo, o nome Ibirapitanga. A esta altura seríamos todos  “ibirapitanguenses”. Nada contra a palavra em si, mas que “brasileiro” é muito mais fácil de pronunciar, ah, isso é verdade!

Características do Pau-brasil

Em relação à sua forma, ela é uma planta espinhenta (equinada, lembra-se?) que chega a medir de 8 a 30 metros de altura. Seu tronco mede de 40 a 70 cm de diâmetro e suas folhas têm de 10 a 20 cm. Sua madeira é dura, muito pesada, compacta, resistente e de textura fina e incorruptível - como aliás deveriam ser muitos políticos brasileiros, não é verdade? Ah, se alguns deles tomassem lições com o pau-brasil!... A madeira é uniformemente laranja ou vermelho-alaranjada e se torna vermelho-violácea com reflexo dourado após o corte. Suas flores são amarelas, sendo que uma das pétalas apresenta uma mancha vermelho-púrpura. Das flores exala um suave perfume.
A área de ocorrência do pau-brasil se estende do Rio Grande do Norte a São Paulo, sempre na floresta pluvial atlântica, mas sua freqüência mais expressiva se dá no sul da Bahia. As informações biológicas nos dão conta de que ela é uma planta semidecídua, heliófita ou esciófita. Se você ficou na mesma, não se desespere! Faremos uma breve pausa para esclarecer tais conceitos. Semidecíduas são as árvores das quais somente metade das folhas se desprende. Heliófitas são aquelas que precisam do sol (hélio) para se desenvolver. Já as esciófitas, são justamente seus opostos, pois elas precisam da sombra (escio) para sobreviver. Tais características são peculiares à floresta pluvial atlântica.
Nossa ibirapitanga ocorre preferencialmente em terrenos secos e inexiste na cordilheira marítima, sendo uma planta típica do interior da floresta primária densa. Sua floração se dá a partir do final de setembro, prolongando-se até meados de outubro. Entre novembro e janeiro se dá a maturação dos frutos.
As sementes são obtidas colhendo-se os frutos (vagens) diretamente da árvore quando iniciam a abertura espontânea. Em seguida, deve-se levá-las ao sol para completar a abertura e a liberação das sementes. Deve-se prestar muita atenção para o início da abertura das vagens, uma vez que esse processo não dura mais que alguns dias. 1 kg de sementes contém aproximadamente 3.600 unidades.

 

Dia do Sol

 
 
Hoje é dia do Sol pessoal vocês sabem qual a importância dele para nós e para os vegetais?

O Sol, a estrela central do nosso sistema solar, é fundamental para todos os seres vivos, pois é fonte de calor e luz, sem a qual seria impossível a origem e manutenção da vida. É graças à sua energia que as plantas conseguem realizar a fotossíntese, processo que garante a vida das próprias plantas e de todos os animais, incluindo o homem. A energia do Sol é também responsável pelo movimento dos oceanos, pela formação dos ventos (aquecimento do ar) e pelo ciclo da água, responsável pelas chuvas que garantem o fornecimento de água na natureza.
É o calor do Sol que transporta a água do mar e da Terra para grandes altitudes, de onde volta, na forma de chuva e de neve, para os continentes. 
Além disso, o Sol ainda tem papel fundamental na nossa saúde. Para termos ossos e dentes em bom estado, necessitamos da vitamina D, que atua no metabolismo do cálcio e do fósforo, prevenindo o raquitismo. Essa vitamina não é encontrada pronta na maioria dos alimentos. Geralmente, eles contêm um precursor que se transforma na vitamina quando expostos aos raios do Sol. Uma deficiência de vitamina D causa problemas nos dentes, torna os ossos fracos e contribui para os sintomas da artrite. Também pode causar raquitismo (doença que impede a calcificação normal dos ossos).

Dependendo da época do ano a intensidade da luz solar pode variar. No outono e no inverno, temos a luz solar por menos tempo por que os dias são mais curtos. Na primavera e no verão, Temos a luz solar por mais tempo pois os dias são mais longos.
A estação da primavera é a época do ano na qual a quantidade e a intensidade da luz solar são bem maiores e, por ser bem maior como consequência, a temperatura aumenta. Essa temperatura faz com que várias espécies de plantas florescem deixando-as mais bonitas.  Quando florescem, elas realizam  as sementes e frutos. Com esses frutos, os seres vivos aproveitam e se reproduzem, pois, vai ter comida para todos. A estação da primavera é considerada a época da vida nova, do renascimento.


 


Gente hoje é dia do Zootecnista!!!

 
 
Zootecnia
 
É  a busca de maior produtividade e rentabilidade na criação de animais e no desenvolvimento de produtos como carne, ovos, leite e seus derivados. Por meio de planejamento agropecuário, pesquisas nas áreas de seleção e melhoramento genético e técnicas de nutrição e reprodução, o zootecnista atua em toda a cadeia produtiva animal. Coordena a criação de rebanhos bovinos, ovinos, suínos e aves e busca seu aprimoramento genético. Pesquisa nutrientes, acompanha a fabricação e controla a qualidade de rações, vitaminas e produtos de saúde e de higiene para os animais. Trabalha também nas indústrias alimentícias, na produção de alimentos de origem animal, como laticínios, frios e embutidos.

Parabéns aos nossos amigos Zootecnistas!

 
fonte: http://zoovet.blogspot.com.br/2011/03/simbolo-da-zootecnia-e-seus.html
 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

NOTÍCIAS: Os bichos em primeiro lugar


Zoóloga do Bosque dos Jequitibás não pensa duas vezes antes de cancelar compromisso pessoal para cuidar de um animal que precise


Eliana: "Acredito que o animal, quando não está bom ou não se sente bem, demonstra que não é para mexer com ele. Já as pessoas mentem, traem, são falsas. Eu me decepciono com o ser humano todo dia. Nenhum bicho, nesses 18 anos, me decepcionou"
Foto: Cedoc

Jamais coloque a zoóloga Eliana Ferraz numa situação em que ela tenha que escolher entre um compromisso pessoal e seu trabalho. A carreira sempre vencerá a disputa. “As pessoas me cobram muito e eu tento conciliar as atividades profissionais com a convivência com a família, mas sou feliz assim”, garante.

São 26 anos de dedicação ao serviço público campineiro, 18 deles vividos no Bosque dos Jequitibás. É lá que ela se sente em casa, junto dos animais que tanto ama. “Normalmente, fico entre 10 e 12 horas no trabalho. Minha profissão faz criar vínculos com os animais”, explica.


No cargo de coordenadora do bosque, Eliana assume também a função de amiga dos bichos. “É um desafio deixar os compromissos pessoais de lado e, mesmo depois do expediente, sair para resgatar ou cuidar de um animal que está precisando. É preciso optar, mas faz parte”, avalia.

Metrópole – Você sempre gostou de animais?

Eliana Ferraz – Sim. Na infância, aos finais de semana, pedia para meus pais me levarem para passear na Lagoa do Taquaral e no Bosque dos Jequitibás.


Sua carreira na Prefeitura começou direto no Bosque?

Não. Comecei na Biblioteca Municipal, na época em que entrei na faculdade. Fui trabalhar, justamente, para pagar os estudos. Meu sonho era lidar com animais, mas nunca imaginei que seria na Prefeitura. Foi um presente de Deus quando fui transferida para o Bosque dos Jequitibás como funcionária pública.


Como é sua rotina?

Normalmente, fico entre 10 e 12 horas no trabalho. Minha profissão faz criar vínculos com os animais. Tem bicho que chega recém-nascido e necessita de muitos cuidados. Então, às vezes, é preciso até levar para casa. Uma ave quando bebê, por exemplo, deve ser alimentada a cada meia hora. Senão, ela perde energia e morre. Trabalhar com bichos é como ter filhos. E eu faço isso com prazer e muito amor.


Com tantas horas dedicadas ao trabalho, é possível ter vida pessoal?

As pessoas me cobram muito e eu tento conciliar as atividades profissionais com a convivência com a família, mas sou feliz assim. Já tive namorado que cobrou muito, mas não tem jeito. As pessoas têm que me aceitar assim porque isso faz parte da minha vida. Têm que entender que é meu trabalho e que ele é tão importante quanto ficar com meus parentes. Não dá para separar. Pode ser um defeito meu, mas não consigo.


Impossível, então, fazer você escolher entre o Bosque e qualquer outra coisa?


Sim. Porque a resposta será sempre o Bosque dos Jequitibás. Já me fizeram escolher e nem preciso dizer qual foi a resposta, né?


Além de cuidar dos que moram no parque, vocês também recebe outros animais?


O Bosque tem hoje 300 animais, entre 42 espécies de aves, 25 de mamíferos e 15 de répteis. Ele não é um centro de triagem, não tem essa função. Mas recebemos, sim, alguns exemplares, principalmente aqueles que são vítimas de tráfico, atropelamento, cerol, maus-tratos, tempestades e os órfãos. Eles chegam por meio de autoridades como o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, a Guarda Municipal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Muitas vezes, damos apoio a operações do instituto e mantemos aqui por algum tempo os que foram resgatados. No entanto, não podemos atender a doações de munícipes. Não é possível uma pessoa ligar aqui querendo doar o papagaio, o jabuti ou outro bicho que não queira mais.


Qual o maior desafio em seu trabalho?

O manejo do Bosque é uma tarefa que realizamos bem, mas não existe um dia como o outro. Às vezes, o dia está tranquilo e, no final do expediente, ligam dizendo que um animal foi encontrado com algum problema. O desafio é então deixar os compromissos pessoais de lado e, mesmo depois do expediente, sair para resgatar ou cuidar de um bicho que está precisando. Imagine que outro dia eu estava indo para casa e chegaram até mim filhotes de pica-pau que caíram do ninho, ainda de olhos fechados. Se eu não cuidasse deles naquele momento, preparasse a alimentação, levasse para casa, ficasse com eles e esquecesse meus compromissos, eles não sobreviveriam. É preciso optar, mas faz parte.


Você fala bastante em filhotes... Prefere cuidar dos pequenos?

Eu adoro cuidar de filhotes, porque é possível acompanhar de perto a evolução deles. Desde quando chegam, muitas vezes mutilados, com sequelas ou sem comer, vamos cuidando dia após dia e vendo a melhora deles.


Qual animal te dá mais trabalho?

Gente. Acredito que o animal, quando não está bom ou não se sente bem, demonstra que não é para mexer com ele. Já as pessoas mentem, traem, são falsas. Eu me decepciono com o ser humano todo dia. Nenhum bicho, nesses 18 anos, me decepcionou.


Quais seus objetivos no Bosque?

Que os animais sejam felizes. Por mais que eu adore ter contato com os bichos que criei desde pequenos, tenho a consciência de que eles precisam ter contato com indivíduos da espécie, formar famílias e se reproduzir. Claro que esses bichos são humanizados, porque tiveram contato com o homem, mas, mesmo com essa intervenção, trabalho para que eles sejam apenas animais. E também acredito na importância do zoológico. Sei que há pessoas que não gostam e respeito as opiniões. Mas, se eu não acreditasse no meu trabalho, no veterinário que trabalha comigo, não estaria aqui. A função do zoológico não é somente promover lazer, mas também servir para conservação de espécies, pesquisa, reprodução, recolocação no habitat e educação ambiental. Recentemente, tivemos uma grande obra no lago, que foi revitalizado e canalizado. Estamos novamente prontos para receber visitas.


Que orientação você dá a quem vai visitar o local?

Que não jogue nada para os animais. Perdemos muitos bichos por causa da ingestão de corpos estranhos, como sacos de pipoca. O bosque é um lugar para tirar fotos e aproveitar, não para colocar os animais em risco.
 
 
Matéria publicada originalmete em:
Crédito da matéria: Eduardo Gregori   gregori@rac.com.br
 
 
 
 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

NOTÍCIAS: Sorvete para aliviar o calor dos nossos amiginhos do Zoo

Bosque usa até sorvete para refrescar bichos

 
Crédito: Edu Fortes/ AAN
 
O calor excessivo — de mais de 34ºC — enfrentado nos últimos dias na região de Campinas tem mudado a rotina até dos animais. Sombra, água fresca, frutas tropicais e picolés dos mais variados sabores, dependendo da espécie, são algumas das opções encontradas pelos tratadores para refrescar as diversas espécies que vivem no Bosque dos Jequitibás.

De acordo com a zoóloga Eliana Ferraz, que cuida dos animais do local há 18 anos, temperaturas muito altas como as enfrentadas na Primavera e no Verão exigem uma atenção especial em relação à hidratação dos animais.

“Nessa época, mesmo com a arborização do bosque, que o mantém cerca de 5ºC mais fresco que outras regiões da cidade, é preciso possibilitar áreas sombreadas, água limpa para beber e, em alguns casos, como dos hipopótamos, água suficiente para eles nadarem, já que eles precisam disso para manter a hidratação”, explica.

Para os felinos, a zoóloga oferece picolés de sangue. “Congelamos água com sangue para atraí-los e refrescá-los”, conta. As lontras e as antas recebem picolés de beterraba. Para os macacos, picolés de frutas são sempre bem aceitos. Já para as aves, como as araras e as maritacas, puleiros na sombra e frutas tropicais e frescas, como melancias, são muito bem-vindas.

Assim como para os humanos, o calor exige uma alimentação mais leve, com menos gordura para a bicharada. “Assim como nos, os bichos também sentem menos necessidade de comer no calor, aceitando melhor as comidas mais leves”, diz. Até carnes precisam ser servidas com pouca gordura, diferente do Inverno, quando a alimentação precisa ser rica em gordura para manter o animal aquecido. A dieta é balanceada para cada espécie.
 
Matéria publicada originalmete em:
Crédito da matéria: Fabiana Marchezi

 

Notícias: Hipopótamo é uma das atrações mais antigas do Bosque dos Jequitibás






Crédito: Rogério Capela
Uma das principais atrações do Bosque dos Jequitibás tem 46 anos e pesa mais de 3,5 toneladas. É a Carioca, um hipopótamo fêmea que foi emprestada pelo Zoológico de Belo Horizonte há cerca de 20 anos.
Hipopótamos vivem, em média, 40 anos, mas, segundo a zoóloga e coordenadora do Bosque, Eliana Ferraz, “apesar da idade avançada, Carioca esbanja saúde.
Ao longo dessas duas décadas, Carioca viveu muitas histórias e muitas curiosidades. Segundo conta a zoóloga, a fêmea já deu à luz duas vezes. Porém devido à falta de espaço para abrigar animais tão grandes, os filhotes foram emprestados para outros zoológicos.
De hábitos aquáticos e noturnos, Carioca fica a maior parte do tempo dentro do lago. “O hipopótamo é um animal que não pode ficar muito tempo exposto ao sol, caso contrário a pele desidrata rapidamente”, explica.
A zoóloga conta que a rotina do animal fora da água se deve mais a alimentação. “Ela se alimenta por volta das 7 horas e depois volta para dentro do tanque. Nele ela dorme, faz as suas necessidades, reproduz e até pode parir dentro d'água. Noventa por cento do seu dia passa submersa no tanque”, conta.
Além da fêmea, o Bosque conta ainda com um macho, o Dinho. Bem mais novo que Carioca, o macho tem apenas oito anos de idade e foi emprestado de um zoo de Americana. “Dinho chegou ainda bebê com aproximadamente seis meses de vida. Atualmente ele vive no antigo recinto dos hipopótamos, vizinho do recinto do leão”, conta.
A zoóloga explica que os dois não estão juntos justamente pela diferença de idade e peso. “O macho pesa 'apenas' mil e duzentos quilos, cerca de 3 vezes menos que a fêmea.
 
Alimentação
Do grupo dos herbívoros, a alimentação dos hipopótamos consiste basicamente de ração, verduras e capim. Tanto o macho quanto a fêmea são alimentados pelos tratadores duas vezes ao dia.
Na parte da manhã, Carioca é alimentada com cerca de 40kg de abóbora e 40kg de ração. Para o macho, a quantidade é reduzida pela metade, uma vez que ele é menor e mais novo que a fêmea. Na parte da tarde, por volta das 16h, a alimentação é repetida.
Entre as verduras que compõem o cardápio do casal estão chicória, alface e principalmente capim, para auxiliar na digestão. “Eventualmente, para enriquecer a alimentação incluímos no cardápio melancia, maçã, cenoura e beterraba”, conta a bióloga.



Apesar de ser um animal de grande porte, os alimentos mais sólidos, como a abóbora precisam ser picados pelos tratadores, para auxiliar na deglutição. Se engolirem a abóbora inteira, podem sofrer asfixia.
 
Crédito: Rogério Capela
 
Crédito: Rogério Capela
Cuidados e orientações
Apesar de carismático e tranquilo, os hipopótamos não são animais muito dóceis, principalmente pelo fato de serem bastante territorialistas. Segundo Eliana, são animais perigosos. De acordo com o IBAMA e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, os hipopótamos estão classificados no nível de segurança 3. “Com os tratadores e técnicos do zoo eles são mais dóceis, mais ainda assim existe o risco. Respeitamos todas as normas de segurança para não termos nenhum tipo de acidente”, explica.
A zoóloga alerta ainda para outros cuidados que podem complicar a rotina dos desses animais. “Algumas vezes encontramos diversos objetos no recinto do hipopótamo que são jogados por alguns visitantes”, conta a zoóloga. Eliana explica que qualquer objeto jogado para chamar a atenção do animal, pode provocar sérios problemas à sua saúde. “Já perdemos animais menores por obstrução por engolirem corpos estranhos. Os animais devem ser observados, apreciados, os demais cuidados são adotados pelos próprios tratadores e técnicos”, alerta.
 
Limpeza do tanque
No início de outubro, a Secretaria de Serviços Públicos, por meio do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), executou a limpeza do tanque onde Carioca vive. Para o serviço não foi necessária a remoção do animal. Segundo Eliana, durante a limpeza, a fêmea ficou em uma “piscina” localizada no próprio tanque. “Não podemos removê-la, pois é um animal de hábitos aquáticos”, explica.
Para limpar o tanque de aproximadamente 600 metros quadrados e 2,80m de profundidade foi necessário apenas um dia. Três caminhões-pipa foram utilizados que retiraram toda a sujeira do fundo do tanque, como o lodo e até alguns objetos que, infelizmente, são descartados por alguns visitantes.
Com capacidade para quase 500 mil litros de água, o recinto do hipopótamo foi reabastecido com água captada da nascente do próprio bosque. Na sequência foi executada a limpeza do tanque pequeno, na mesma área do tanque do hipopótamo.
 
 
Materia publicada originalmete em:
Crédito da matéria: Bruno Sgambato