terça-feira, 29 de setembro de 2009

Animais do Bosque: Jaguatirica (Leopardus pardalis)

A jaguatirica é um felino de médio porte, podendo pesar de 11-15 kg. O seu pêlo é denso e curto de cor amarelo claro à castanho ocráceo sendo todo pintado exceto na região ventral onde a coloração é esbranquiçada. Estas manchas negras formam rosetas e seguem até a cauda.







Os machos são maiores que as fêmeas; esta espécie é encontrada desde o sudoeste do Texas e oeste do México até o norte da Argentina. No Brasil ocorre em todas as regiões, com exceção do sul do Rio Grande do Sul; habitam principalmente florestas tropicais e subtropicais.


São animais solitários, procurando um par somente na época reprodutiva; de   hábitos noturnos, são bons nadadores e escaladores de árvores. A dieta em vida livre é composta por aves e pequenos roedores. O período de gestação é de 70-85 dias, nascendo de 1- 4 filhotes que atingem a maturidade sexual aos 3 anos de idade.

 




A jaguatirica já foi muito caçada para venda de sua pele e abatida no caso de invasão de fazendas com criações, mas existe uma lei de proteção à ela que tem contribuído para o declínio deste comércio e preservação da espécie.

(Texto extraído da Apostila do Grupo "Ecos do Bosque")

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Animais do Bosque: Jupará (Potos flavus)

Filo: Chordata

Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Procyonidae
Gênero: Potos
Espécie: Potos flavus



Este procionídeo tem uma cauda preênsil que o animal usa para se ancorar nos galhos. A cauda tem uma seção circular transversal; ela é uniformemente coberta com pêlos e gradualmente afinada até o final; o lado de baixo, entretanto, não tem quaisquer calos presos, que são características dos macacos do Novo Mundo. A pele, que é coberta com pêlos macios, curtos e finos, cabeça e orelhas arredondadas pequenas, nariz embotado com espéculo nasal rosa, e olhos projetados como botões com uma íris cor de castanha , tudo isso dá ao jupará sua aparência curiosa. Sua delgada língua estirada pode atingir quase 12 cm de comprimento, e auxilia na lambida do néctar, mel e polpa da fruta.





O Jupará (Potos flavus), é a única espécie deste gênero; os índios Puri do Brasil o chamam de “kinkajou”, nome emprestado da língua inglesa. Seu outro nome inglês, honey bear (urso de mel), refere-se à sua pele lustrosa amarela dourada, e não à sua preferência por mel.


Além da cauda preênsil, há regiões desprovidas de pêlos em algumas partes como nas regiões das glândulas da pele em ambos os lados da garganta abaixo dos cantos da boca e na região do umbigo, sendo os únicos entre os procionídeos com essas características.

Juparás são animais de hábitos  arborícolas e noturnos. Ocorrem freqüentemente em florestas chuvosas de planície e em florestas montanhosas, desde o nível do mar até altitudes de até 2500 m, porém , raramente são vistos.


Habitam o mesmo nicho ecológico à noite que os macacos- prego do gênero Cebus ocupam durante o dia. Após o anoitecer, o jupará deixa o seu esconderijo, boceja com a língua esticada para fora, e executa o “prescrito” ritual de espreguiçamento, arrumação e coceira. Só então ele fica pronto para sair.





Ele é extremamente bem adaptado à vida nas árvores, mas se preciso utiliza a cauda como um dispositivo seguro, ou se eleva nos galhos com a ajuda da cauda e de suas patas traseiras altamente rotativas. Desta maneira, ele tem as mãos livres para alcançar um galho mais baixo ou uma fruta.


Ele pode freqüentemente se alimentar suspenso de cabeça para baixo, mas usualmente não assume qualquer posição definida quando se alimenta. O animal também senta-se  ereto sobre as partes traseiras suportado pela cauda quando se alimenta. Também pode ser observado alimentando-se  agachado perto do alimento. Essa espécie manipula o alimento com suas patas, descasca os frutos com os dentes.


Outros itens alimentares que fazem parte da dieta são: flores, insetos,  mel, e algumas vezes atacam pequenos vertebrados como pássaros,ovos no ninho e pequenos répteis. Encontros com outros membros da espécie acontecem quase que somente em árvores frutíferas, exceto para dividir companhia com seus próprios filhotes. Tais encontros são razoavelmente barulhentos, já que eles são bem possessivos em relação ao alimento. Quando alarmados eles ficam quietos, e seguindo um som de baforada, um ou muitos animais vocalizam uma seqüência de sons de latido, como um cachorro latindo à distância.

Juparás não defendem seu próprio território, quando estão combatendo um predador, o animal se adere ao oponente com suas patas e com a cauda, causando feridas com seus fortes caninos. Seus inimigos incluem iraras, jaguatiricas, serpentes, onças e o homem.

Direito das fotos: Bosque dos Jequitibás

(Texto extraído da apostila do grupo "Ecos do Bosque"

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Grupo de Educação Ambiental "Ecos do Bosque"

O projeto de Educação Ambiental no Bosque dos Jequitibás se iniciou em 1998 com um programa de de inclusão de jovens carentes da Instituição Casa Amarela em parceria com a Secretaria Municipal de Obras, com o curso de formação de Guias Junior. Tal programa durou até 2001, quando foi descontinuado.
A partir de 2002 o projeto seguiu um novo rumo, quando as portas se abriram para estagiários da área de Ciências Biológicas. 
Em 2007 o projeto recebe o "Prêmio RAC-SANASA" como o melhor projeto voluntário de Campinas.
Em 2009  passa a receber, também, alunos do curso técnico em Meio Ambiente e Gestão Ambiental das escolas do município de Campinas e toda região metropolitana.
O trabalho do Grupo de Educação Ambiental "Ecos do Bosque" se baseia na conscientização da população, principalmente das crianças e jovens frequentadores do Bosque do Jequitibás. Através de monitorias pré agendadas os alunos participam de atividades interativas onde são enfocados temas como a flora, fauna, ecologia, cidadania, entre outros.
Os integrantes do projeto são estagiários com formação teórica oferecida pelo Bosque dos Jequitibás suficiente para atender a população e realizar um trabalho ambiental de qualidade.
Além do atendimento ao público em geral o projeto também realiza atividades para grupos com necessidades especiais (deficientes mentais, auditivos, visuais) e grupos específicos como idosos entre outros. O grupo também desenvolve atividades lúdicas, exposições, cursos,  oficinas, ecoférias para crianças etc.
Para entrar em contato com o projeto basta ligar para o telefone ao lado.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Animais do Bosque: Cutia (Dasyprocta leporina)

Os roedores compõem a maior Ordem de mamíferos do mundo e encontram-se nos mais variados tipos de habitats. Existem no mundo mais de 4.000 espécies de mamíferos conhecidas na Terra, onde cerca de 43% são roedores.


A cutia é um mamífero roedor da família Dasyproctidae, de porte avantajado, medindo entre 50 e 65 cm e com peso entre 1,5 a 3 kg. Sete espécies de cutias habitam o território brasileiro, e a cutia que vive no Bosque dos Jequitibás é a Dasyprocta leporina . Esta espécie foi introduzida no bosque há mais de 20 anos, sendo seu ambiente natural o nordeste e o litoral brasileiro. Sua pelagem áspera e dura é lustrosa (brilhante) entre o alaranjado e o marrom / preto, com uma cauda quase vestigial e sem pêlos. Este roedor possui pés compridos com três dedos bem desenvolvidos e com unhas cortantes equivalentes a pequenos cascos, o que faz com que as cutias sejam boas saltadoras. 





Os membros anteriores são bem menores do que os posteriores e exibem quatro dedos funcionais utilizados para levar o alimento à boca. Além disso, as garras das patas anteriores são ligeiramente arqueadas, indicando a capacidade de escavar. As cutias ao roerem algumas sementes produzem um som característico, com seus quatro dentes incisivos longos e curvos.


As espécies frugívoras e / ou herbívoras como antas, veados, porcos-do-mato, cutias e outros roedores de grande porte desempenham um papel muito importante na manutenção da diversidade de árvores da floresta, através da dispersão e predação de sementes e de plântulas, enquanto carnívoros regulam as populações de herbívoros e frugívoros. Além disso, os frugívoros são reconhecidamente importantes na restauração de ambientes degradados. As cutias são animais frugívoros com hábitos escavadores (enterram e escavam buracos no solo) para procurarem reservas de alimentos para uso futuro e sobrevivência durante a época de escassez de alimento. Deste modo, são importantes dispersores de sementes, ao enterrarem este alimento para ser comido depois. Muitas vezes, porém, esquecem onde colocaram a semente, que pode germinar dando origem a uma nova planta. A base de sua dieta são brotos de árvores como os do jatobá, araribá, sementes e frutos, mas principalmente os frutos do jatobá.


As cutias normalmente são de hábitos diurnos, mas podem reverter para uma atividade noturna ou crepuscular, quando submetidas à extrema interferência humana ou predação. Vivem em pares monogâmicos e a gestação oscila em torno de 104 dias. A quantidade de filhotes por parto varia de 1-3, mas em geral os filhotes são gêmeos. Estes já possuem o corpo totalmente coberto de pêlos ao nascer, os olhos abertos, e toda dentição completa; podem se locomover com facilidade desde os primeiros dias de vida. Todas as fêmeas de cutias são maiores que os machos; a comunicação entre as cutias ocorre principalmente pela audição e por odores deixados por secreções (como a urina), que funciona como delimitação de território, para achar o alimento escondido, e para identificar os companheiros de grupo. As cutias possuem o hábito de bater com as patas traseiras no solo,isto funciona como alarme contra predadores e marcação de território.


É de grande importância o papel ecológico das cutias para a existência de qualquer área de mata, já que dispersam sementes e, assim, perpetuam a existência da floresta.

Animais do Bosque: Anta (Tapirus terrestris)

Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Suriname e Venezuela - ou seja, toda a América do Sul exceto Uruguai e Chile. No Brasil, ocorre na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pantanal.



Habitat: matas fechadas e altas, nas proximidades de grandes cursos d’água.

Comprimento: cerca de 2 metros (é o maior mamífero terrestre da fauna brasileira).

Altura: até 1 metro.

Peso: até 300 kg (as fêmeas são bem maiores do que os machos).


Alimentação: folhas, ramos, frutos de várias espécies e raízes, cascas de árvores.


Hábitos: noturnos; Espécie de hábitos aquáticos.


Gestação: 390 – 430 dias.


Filhotes: 1 ( raramente 2).


Uma lenda conta que, quando o mundo foi feito, a anta foi formada com partes tomadas de outros animais. Isto explicaria porque a anta tem a forma de um porco, pés de rinoceronte, cascos de boi e o focinho como uma pequena tromba de elefante. Em temperamento, porém, não é igual a nenhum desses animais. É um bicho pacífico, tímido, que se esconde durante o dia e sai a noite para comer. Somente a fêmea, bem maior que o macho, desafia qualquer um que tente atacar seu filhote.

A anta ou tapir, como também é chamada popularmente, é o maior mamífero terrestre da América do Sul, chegando a pesar 300 kg. No entanto, é muito menor que seus parentes da África e da Ásia. A anta tem três dedos nos pés traseiros e um adicional, bem menor, nos dianteiros. Possui uma tromba flexível, prêensil e com pêlos, funcionando como órgão olfativo e para perceber umidade. Além disso, a tromba funciona como instrumento para coleta de plantas que a anta come, servindo também como um tubo de respiração, quando este grande mamífero está dentro da água.


A anta vive perto de florestas úmidas e rios; toma freqüentemente banhos de água e lama para se livrar de carrapatos, moscas e outros parasitas, além de utilizar a água para fugir de predadores. Seu habitat típico inclui áreas com precipitação de 2000 a 4000 mm, temperatura média de 27,5°C, e umidade relativa do ar de 75%.


Herbívora, a anta come folhas, frutos, brotos, ramos, plantas aquáticas, grama, e pasta até em plantações de cana-de-açúcar, arroz, milho, cacau e melão. De hábitos solitários, antas são encontradas juntas apenas durante o acasalamento e a amamentação. A fêmea tem geralmente apenas um filhote, e o casal se separa logo após o acasalamento. A gestação dura de 390 a 430 dias, e não há época especial para o acasalamento. Os machos marcam território urinando sempre no mesmo lugar. Além disso, a anta tem glândulas faciais que deixam rastro. Os filhotes apresentam pelagem cheia de manchas, para camuflagem, protegendo-os de possíveis predadores.


As antas chegam a viver 35 anos em cativeiro. Sua acuidade visual é bem pouca, mas a audição e o olfato são muito apurados. Seus meios de percepção baseiam-se em odores e sinais acústicos. Ao galopar, costumam derrubar pequenas árvores, fazendo muito barulho. Nadam bem e sobem com eficiência terrenos íngremes.

A anta brasileira mede 1,10 m de altura e seu comprimento é de 2,20 metros (fêmea) e 2 metros (macho). Pesa cerca de 280 kg. Ocorre na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pantanal. Fora do Brasil, esta mesma espécie é encontrada também na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela ou seja, toda a América do Sul exceto Uruguai e Chile.






Segundo a IUCN, seu estado de conservação é "vulnerável" (VU), mas a anta se encontra "criticamente ameaçada" (CR) em alguns estados brasileiros, como Paraná e Minas Gerais. O tipo de ameaça que sofre é a destruição de seu habitat, a caça, o fato de as populações estarem isoladas e em declínio. Além do homem, são seus predadores a sucuri e a onça-pintada. Ao ser perseguida, a anta se refugia na vegetação densa.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Como chegar ao Bosque?

Se você mora na região de Campinas e nunca visitou o Bosque ou vem de outras regiões e tem interesse de conhecer esse ponto turístico do município, aqui está um mapa de como chegar ao Bosque.